Aqueles que investem em bolsa, sejam eles amadores ou profissionais, sabem que o preço das ações num determinado momento é reflexo dos medos, emoções, espectativas e também da​​ informação sólida que têm sobre as empresas. Esta informação pode ser obtida através das comunicações das empresas, dos seus relatórios anuais, de seminários, da imprensa, entre outras.

Os analistas profissionais geralmente têm formação em economia ou apresentam um profundo conhecimento em determinada área em que se especializaram.​​ Mas as avaliações dos analistas são, muitas vezes, tendenciosas, por diferentes razões.

Para grande parte dos analistas profissionais, uma das grandes fontes de informação são as​​ próprias empresas que cobrem, sendo a informação fornecida, por vezes, diretamente pela​​ management team. Como tal, o analista está obrigado a manter um bom relacionamento com essas empresas - para continuar a receber informação privilegiada - e isso influencia obrigatoriamente as suas avaliações.

Uma parte considerável dos analistas trabalha ou tem relações comerciais com bancos de investimento. Esses bancos têm, por sua vez, relações comerciais com várias empresas – empresas às quais concederam apoio no lançamento de IPOs ou concederam financiamento – tendo o maior interesse que as mesmas sejam bem vistas no mercado. Como tal, os analistas são pressionados a fazer avaliações positivas dessas empresas.

Mesmo que o analista seja imune a estas pressões comerciais, não deixa de estar sujeito a uma espécie de preconceito, que está latente, relativamente às avaliações negativas. Regra geral, quando um analista faz uma recomendação negativa, fica sujeito ao descontentamento dos investidores que possuem ações da empresa e da empresa alvo de recomendação, enquanto aqueles que não investiram na empresa ficam indiferentes.​​ 

Outro dos problemas encontrados nas avaliações dos analistas prende-se com a ligação emocional às próprias empresas que acompanham. Muitas analistas apaixonam-se pelas empresas que seguem, levando-os a fazer análises tendenciosas. Outras vezes, o grande conhecimento que os analistas adquirem relativamente às empresas que seguem, cria um excesso de autoconfiança que retira isenção à avaliação.

Em suma, fazer prognósticos negativos pode criar inimigos e colocar obstáculos no caminho dos analistas. Como tal, não é de estranhar que a grande parte das recomendações dos analistas seja, em qualquer fase do ciclo económico, neutral ou de compra, e apenas uma​​ pequena parte das recomendações seja de venda. Talvez isto explique também o facto da maior parte dos analistas terem desempenhos inferiores aos dos​​ index.​​ 

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